O defeito do outro pode ser o seu
Olhou do seu vitrô, apontou para o quintal da vizinha e disse ao marido:
- Há dias que venho observando como é encardida a roupa da vizinha. Eu teria vergonha de pendurar no varal uma roupa tão mal lavada. Isso é relaxamento, um desleixo... Na verdade, acho que é preguiça.
O tempo passava... e, cada vez ela voltava a observar, as roupas tinham um aspecto pior. Certo dia, uma surpresa! Ao reparar nas roupas da vizinha, ficou abismada. Estavam brancas, limpinhas, as cores vivas.
- Criou vergonha – disse ela. – Perdeu a preguiça de esfregar mais, ou então trocou a marca do sabão.
- Nada disso - Replicou o marido. – Fui eu que lavei.
- Lavou a roupa da vizinha?
- Não, mulher, lavei o vidro da janela. Era ele que estava encardido.
Geralmente o defeito que notamos no outro está em nós mesmos. Projetamos fora o que está fora de nós.